E chega de falar nessa festa, rs

Faltava só falar dos prêmios. Só ontem votamos a melhor fantasia. Foi um incentivo para o pessoal começar a ver que pode se transar mais pra vir. Ficou um ambiente mais estiloso.

E foi bem bacana.

O primeiro lugar levou um chicote da WZ Fetish , e o foi o Muller quem ganhou com a fantasia de Bruxo da Corvinal ( que eu nunca vi um Harry Porter na vida mas diz que tava perfeito)

O segundo lugar um voucher de 200 reais da I LOVE TATOO e foi o MM com a fantasia que eu chamei de Panicão do Whastapp. Um figura, rs.

O terceiro lugar um voucher de 200 reais da Via Libido e foi a Wanessa de chapeuzinho vermelho quem levou.

Deu certo o que cada um queria ganhar. Todos prêmios bons, afinal.  E não podia ser melhor época para a Via Libido, muita novidade, muita coisa legal chegando.  O chicote é belíssimo e a I Love Tatoo é uma das tatuarias mais badaladas de Fortaleza.

Todos felizes. Um ciclo se fecha.

Naaa.. Pera.  Falta eu contar a história da minha fantasia! Senta aí!

                                                       Fada morta noiva cadáver

Bem, eu tava sem grana e sem tempo de pensar uma fantasia. Não queria pegar uma já antiga ou da minha loja. Um cliente me disse que me vê em todas as fantasias, rs. E não era uma cantada, rs. Falávamos sobre melhorar a exposição das lingeries na loja. Ele era um colecionador.

Pensei em retomar as costuras. Eu sou assim, abandono prazeres aqui e acolá. Por que adoro costurar. Fui lá. Pensei uma noiva morta. Nossa, um dos maiores medos da minha adolescência. A noiva morta!!  Acho que tinha uns 12 ou 13 anos. Não lembro qual era o mal que ela fazia mas a imagem que eu fazia na minha cabeça era muito assustadora.

Como já tenho essas olheiras imensas e como meu cabelo já está totalmente prateado, pensei que seria perfeita. Seria uma roupa mau tingida de cinza, mostrando a sujeira porque ela tinha sido enterrada, né?

Na minha cabeça ficou perfeito.

Vamos fazer. Na parte de cima  peguei um velho espartilho do roger que ele não usava há muito tempo. Fiz uma saia bem volumosa de filó que na minha imaginação era o forro da fantasia da noiva.  E ai por cima dessa saia eu joguei um retalhos de renda. Como se tivesse sido tudo rasgado, pelo tempo ou, sei lá, pela forma como a tal noiva teria morrido…

A roupa completa tinha várias texturas então eu sabia que ia ficar cada parte em um tom de cinza.

Show!!

Bem, não encontramos a tinta preta em lugar nenhum do mundo. E pior, eu sei que tem aqui em casa, em algum lugar do meu passado. Nossa, que raiva disso! No Moraes também não tinha. E a regra aqui na minha comunidade é: se não tem no Moraes não tem em lugar nenhum.

Certo, eu encontraria no centro. Mas não dava mais tempo e, bem, eu tinha trocentas outras cores para escolher.  Roger amou o violeta mas não tinha quantidade suficiente. Bem, acabei uma mistura de azul claro com violeta mas o azul venceu.

Quando fiquei triste Roger disse que eu estava parecida com a noiva cadáver.  Frustrei um pouco. Eu queria ser a noiva morta. Sentiria medinho de novo? Nem lembro quando parei de temer encontra-la atrás de uma porta ou perambulando na minha sala. Muitos anos mesmo.

Mas está bem. Pode ser. Ok. A noiva cadáver.

E lá vesti os andrajos da noiva morta cadáver que não era a minha noiva morta mas estava lá… Toda esculhambada, roupa toda rasgada.

E Roger acha tudo que eu faço lindo, né? Quer ser sempre jovem? Se case com um cara 20 anos mais novo que você. Quer dizer, que seja um eterno namorado como ele. Porque ele me namora como se eu fosse mais menina do que ele. Foi sempre assim. Sempre estou linda.

Ele é um pouco careta nesse negócio de visual então eu gosto de perguntar pra ele dizer que eu to linda “mas esse vestido não tá muito decotado?”

Energizada, lá fui eu. Quando apareci a primeira pessoa que me viu já dissse: que linda, tá de fadinha!!

Porra “fadinha” ??!!

E outro e outro e todo mundo que chegava. “Nossa, ficou legal de fadinha.” “fadiiinha”…

Faltou maquiagem. Mas eu achei que nem precisava com essas olheiras profundas que tenho, rs.

Mas curti a festa de fadinha mesmo.

Nem morri.

Que bom.