Para mim a Helga sempre foi uma grande referência. Quando comecei a mergulhar mais fundo no universo Femdom era ela que eu admirava. ( E ainda é!) Algumas coisas que ela falava eu achava, ás vezes, desnecessário. Ela falava muito em romper paradigmas. E a verdade é que minha vida foi sempre essa batalha, rompi sempre em cada dia da minha vida. Que foi uma vida de luta mesmo. Então era tão natural em mim todas essas rupturas que eu não entendia porque ela repetia tanto a mesma coisa.
Hoje, no entando, girando em comunidades de Dominação Feminina e conversando com um amigo sobre aquele tempo que ora e bola me enche o coração de saudade, lembrei dos escritos da Helga e pensei que é uma pena que essa nova geração não tenha adiante uma Helga pra acender a luz.
Eu nunca gostei de teorizar e nunca fui pessoa de escrever grandes tratados e nem sei escrever bonito como a Helga gostava de fazer, mas hoje me senti na obrigação de dizer exatamente o que a Helga dizia. Que não se domina sem romper paradigmas. Não se domina com crenças. Em resumo, no popular: “Meninas, não se faz um omelete sem quebrar ovos!”
Eu tenho visto as Dominadoras fazerem milhões de concessões para serem aceitas pelos escravos.
Não! Não! Não!
Tá tudo errado.
A Dominadora conduz. O escravo faz as concessões.
Escravo tem que ser fiel, obediente e digno.
Ou, pelo menos, desejar ser.
Meninas, por amor…
Quebrem os ovos!!
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“Escravo tem que ser fiel, obediente e digno.
Ou, pelo menos, desejar ser.”
Dia 03 escrevi uma coisa no meu blog, inspirada em um texto que li, muito semelhante a isso que a Senhora escreveu, é assim:
“Primeiramente e antes de tudo, eu sou uma escrava. Eu me identifiquei com isso e escravidão é aquilo que eu mais quis ser. Isso é para mim o que pintar pode ter sido para Michelangelo: a paixão da minha vida. O resultado óbvio de me identificar como uma escrava, é que a minha primeira obrigação na vida é obediência.”
Me pergunto: como pode alguém que se autodenomina escravo pensar diferente disso? Não é necessário dizer a um escravo que ele tem de ser fiel, obediente e digno, tem? Escravo(a) que é escravo(a) sabe da premissa básica né? Não??? Poutz…. já não se faz mais escravidão como antigamente rsssss
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Permita-me discordar: eu acho que você escreve melhor que a Helga. rsrs.
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Pois é, Rose, de novo é a tal premissa. Eu acho que o homem comum é de fato infiel, maso submisso não é comum. Duvido até que seja um homem. Porque a submissão permite transgredir todas as discussões de sexo e genero.Então, ser fiel é premissa mesmo.Qual é a parte que Dominadoras e submissos ainda não entenderam?!
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Nunca é bom confundir premissas com axiomas. Odeio dogmas. O homem comum é infiel? O submisso não é comum? É por essas e outras que eu não gosto do conceito de “comum” que a sociedade tenta empurrar goela abaixo. Não vamos incorrer nos mesmos erros que tanto criticamos.
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Dead, qual o seu problema com a Helga? Não vou poder aceitar seu elogio, e sinto porque é sempre gostoso ser elogiada, né? Quem não gosta. Mas não me soa bem primeiro porque esta desmerecendo uma pessoa que eu amo. Segundo, porque já reparei que vc gosta mesmo de atacar a Helga. Não é a primeira vez. Então,fica um elogio sem sinceridade porque parece me usar para fazer uma provocação. Não me alimenta.
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Oh, não me entenda mal… A Helga é uma pessoa inteligente, sem dúvida. Não posso dizer que eu não goste dos textos dela, pois, se não gostasse, não teria lido tudo que ela escreveu no site dela (que hoje está em reconstrução) e também naquele outro, Desejo Secreto.
Contudo, não vejo nela a sensibilidade que vejo em você. É um feeling, uma questão de acerto do tempo e do modo de dizer. O que me parece, quando Helga escreve, é que ela tem uma vocação a la Caetano Veloso – querer mostrar para todo mundo seu potencial. E a maior grandeza reside no despojamento, na sinceridade singela. E isso você tem de sobra.
Em suma, não desmereço ninguém: eu gosto da Helga, mas gosto mais de você.
Só mencionei a Helga quando você também mencionou – primeiro, naquele seu post em que você transcreveu um texto dela e, agora, quando você se disse inferior a ela no que tange à beleza da escrita, coisa da qual discordo.
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O que me incomoda é a comparação. Claro que eu gosto de escrever e fico feliz quando sei que estão me lendo e gostando. Na verdade, esta bem melhor do que eu pensava. Mas sou tão diferente da Helga. E claro que ela escreve muitissimo bem. Eui costumo dizer que me comunico bem, porque eu só sei falar sobre o que estou sentindo na hora. As vezes consigo escrever um conto. Mas isso é mesmo quando minha cabeça está muito maliciosa.
Já pessoas como a Helga falam de suas impressões pessoais mas somam pesquisas, dados históricos., poesia. Aprendi muito nos escritos da Helga. Acho chic, de bom gosto. Eu hoje sinto falta do refinamento da Helga. Acho que era importante. Nunca mais vamos ter uma referência nesse nível. Eu acho que não.
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Falando nisso, também sinto saudade da Helga e esse “nunca mais vamos ter uma referência nesse nível” me deixou preocupado, rs. Ela não vai voltar a escrever?
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Vai sim. Quando conversamos disse que voltaria a tocar o site. É, falando assim parece homenagem póstuma. Mas nada a ver. Ela tá ótima.
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