Eu acho que temos que lamentar a nossa recusa em viver SM com amor. Compreendo as dificuldades mas vamos ao menos, pelos que chegam, lembrar que isso não é o certo. Que SM é sexo e que sexo com amor é muito mais gostoso.
Ok. Gostamos mais dos espinhos do que das rosas. E ferimos uns aos outros até quando não queremos. Mas abrir mão de conviver, abandonar o que se deseja intimamente… Acho estranho. Sinto pena, as vezes raiva. Como essa dificuldade que tenho de encontrar o segundo escravo-namorado. Já tive escravos que queriam muito mas que não conseguiram encarar o desafio. Eu quero ter dois namorados. E quero que sejam escravos. É uma fantasia. E deveria ser natural para nós aqui que nos reconhecemos.
Mas observo meus amigos e amigas na tentativa de construir seus relacionamentos. Escravos que trocam a vivencia real, com grandes possibilidades de dar certo, de ser uma coisa pra muito tempo, por uma relação virtual. Medo. E me dá raiva porque olho para mim e para o Roger e não vejo aberrações, exceto pelo fato de eu ser muito mais velha que ele, talvez. Mas, a parte isso, somos uma casal bem do normalzinho. Vamos ao cinema, almoçamos fora no dia das mães, distribuimos presentes no natal. Enfim, normaizinhos mesmo.
Então não posso entender do que eles tem medo.
Compreendo os casados. Dou um desconto para aqueles que só descobriram o SM depois de casados.. Casam, constroem uma vida, e depois tem mesmo que viver de migalhas ou pagar estar com alguém. Isso é triste porque ele tem uma parceira, a mãe de seus filhos, a companheira de todas as horas. É muito dificil voltar atrás depois de já ter chegado em algum lugar.
Tem os escravos que chegam dizendo que tem um caso eventual com uma baunilha, aí, até com um pouco de boa vontade, vai. Desde que saiba que em algum momento vai ter que fazer uma escolha.
Mas os que mais me irritam são aqueles que dizem “namorar sério”. Esses eu realmente fico com raiva. Pera, não casou ainda, não tem filho com essa pessoa, então porque, raios, não busca uma parceira já dentro do universo SM? Porque se já sabe que vai traí-la valerá a pena levar isso adiante e construir uma vida de mentiras?
Lembro da dor de meus amigos gays por conta dos enrustidos. Querem namorar escondido, se casam com o sexo oposto só pra fazer média. Cortavam o coração uns dos outros. Hoje isso acontece bem menos porque alguns ficaram pra lutar por respeito e agora isso realmente está ficando no passado.
E eu espero que nós também tenhamos coragem. Vamos achar horrivel enganar a esposa, a namorada, a dominadora, e principalmente a nós mesmos.
É uma questão de fazer as escolhas que nos trarão felicidade. Não pedaços de felicidade, não a felicidade aos quadrados da tela do computador. Mas a felicidade boa, inteira, que todo mundo merece. Todo mundo.
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Um dia quem sabe Deus olha aqui pra baixo, pra essa pobre submissa…
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Ah quem me dera eu tivesse o perfil e a coragem pra ser seu segundo namorado, Superior Senhora, mas ambos sabemos que estou a anos-luz de equiparar-me a Roger….por razões óbvias.
A Vossos pés…respeitosamente.
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Sem palavras sra… A não ser uma frase que me vem a memória, dita pela sra em uma certa ocasião…
“Tanto amor, e tanta dor…”
Um beijo.
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Minha querida amiga,
Gostaria muito de acreditar nos submissos que se apresenta como meus pretensos escravos, se assim o fosse já teria encontrado o que tanto quero e procuro. Estaria tbm com meu rol de decepções bem menor, a virtual irrealidade da NET tem contribuído ao dar guarida aos mais fracos, mas são unicamente aos covardes… ainda bem. Não estou à busca de um substituto ipsis litteris do meu antigo namorado-escravo que veio a falecer recentemente cada ser humano é única consistindo assim em uma fatia indivisível do próprio Criador, tornando-se desta forma insubstituível no universo. Quero alguém que se aproxime de todos os relacionamentos que tive no orbe BDSM que não foram subjugadas a um segundo plano ou colocadas de forma jocosa a algo proibido e condenável a se fazer presente na minha existência de forma oculta como se fossemos dois marginais diante de uma conduta errônea e proibitiva diante da lei. Não tenho relacionamentos baunilhas, nem condeno quem os têm. Não me encontraria de bem comigo mesmo se relegasse meu escravo aos finais de noite ou horas de almoço sempre com pressa, correndo, aflita para não perder demasiado tempo diante compromissos previamente agendados, para tê-lo escondendo-o ou até escondendo-me… Não quero um saco de pancadas para liberar instintos meramente agressivos e/ou violentos uma vez que não sou agressiva nem violenta e muito menos tenho traumas ou ódio por homens para usar o BDSM para vingar-me muito pelo contrario nasci o que sou e nenhum fator externo influenciou esta minha conduta e aptidão… isso tudo aqui elencado não considero BDSM muito menos fazer amor. Não gosto de nada que seja subreptício, porem não sou exibicionista, apenas não quero esmolas da vida, sou grande demais para ter algo pela metade ou restos que não foram bem resolvidos de alguém… ou simplesmente ficarem pululando as mentes férteis de machos que lembram do meu sadismo para provocar ereção e chegar até ao orgasmo em suas relações baunilhas. Sou uma Rainha, uma fêmea, uma mulher que traduz toda sua libido no sadismo erótico… sou sim… assumidíssima uma feroz sádica erótica, preciso de limites, preciso de “safe word”, faz-se necessário muito dialogo com meu escravo. Entretanto por mais díspare que possa parecer sou extremamente carinhosa, doce, dengosa, meiga, tímida… uma timidez romântica que me deixa rubra diante fatos e situações que possam me colocar embaraçada… mas não confundamos essa timidez com falta de garra ou fôlego diante da vida, sou uma guerreira de uma belicosidade inusitada. Sei usar o chicote entre beijos, sussurros, lambidas e fico a acalentar meu escravo acariciando-o pelo tempo que assim for necessário… fazendo-o pedir e suplicar sempre por mais… Faço sexo oral, sim… beijo na boca com língua, sim… durmo abraçada, sim… faço amor, sim… Adoro penetração, ter um homem por mim penetrado (inversão) penetrando-me é uma sensação inenarrável. Não uso palavras de baixo calão nem gosto de gritarias ou grosserias. Sinto no meu âmago a solenidade do momento não só estou fazendo amor como conduzindo a concretização desse amor ao meu companheiro – escravo que por questões obvias DAR-ME-Á PRAZER… simultaneamente DAR-LHE-EI PRAZER.
Beijos
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