Coincidência? Não sei. Acho que é um sentimento que está no pensamentos de muitos de nós. Pedindo a palavra, abrindo espaço.
Vou reproduzi aqui um post do blog da Rainha Victória Catharina , que é uma pessoa que eu admiro muito. Uma pessoa brilhante, inteligente, independente, ser humano do tipo TDB, né? E ainda uma Dominadora de verdade, em essência.
Eu acho que ela vai mais fundo e complementa o que eu tinha falado no post sobre o amor.
Negar a essência, esconder de si próprio sua verdade erótica é uma opção de cada um… entretanto, conviver com essa dicotomia dentro de si deve ser a maior das torturas, a que não tem limites, nem tem acordos uma vez que é diuturna e silenciosa, é ser algoz de si próprio sem direito ao dialogo ou ao silogismo.
Olhar-se no espelho a cada manhã e dar por falta de algo… “algo” esse que já se encontra identificado, catalogado e latente, contudo em uma forma sublimada em defesas bem sucedidas. Todo esse potencial erótico posto de lado como uma pseudo segunda opção “que um dia quem sabe poderá ser resolvida”… deve ser um esforço herculineo e um sofrimento atroz.
Não considero o BDSM como sonho erótico nem qualifico a libido como algo distante e dispare do sexo no sentido “lato sensu”, na minha concepção o desejo sexual é uno e totalmente atrelado as nossas fantasias se é que podemos afirmar que tendências objetivas, próprias e inseparáveis do nosso próprio controle, do pensar e desejar em nível do erotismo sejam frutos de meras fantasias… O não fazer, o negar é o limitar-se, o conter-se, o dominar-se, extinguindo uma real entrega a esses devaneios abstracionistas que mesmo com rígidos controles, porém, não profícuos buscam realizações próprias em salutares e bem elaboradas masturbações ou para ajudar a deliciosidade de uma ejaculação trazendo-as de forma voraz para o orbe das idéias.
Em nosso universo erótico produzimos fontes de anseios que levam a um conjunto único, estanques, invioláveis devidamente especifico a cada um de nos. Devo salientar evidenciando que escrevi conjunto jamais modelo.
Excita-me profundamente ter um homem aos meus pés (em todos os sentidos) o literal é o mais o fácil. No entanto o convencimento e aceitação ideológica não é uma questão de postura física e sim da assimilação plena do significado do servir, do entregar-se e do confiar. Confiança esta a base fulcral de toda e qualquer relacionamento que por uma questão de coerência conquista-se de forma paulatina no cotidiano da nossa existência.
Quantos homens estão aos pés de uma mulher ou de um homem, ou diante do mundo? sem ter a concepção adstrita do BDSM quer seja por amor, ou pela falta deste, ou por interesses excusos, ou por falta de honra para levantar-se, se pondo de pé.
A excitação que me entrego, e a que me conduz é a mais complexa das excitações, ela é proveniente da alma em sintonia com o estimulo do espírito que por questões obvias ativa a libido despertando o desejo feroz de ter um HOMEM.
Desejo? Sim… Estou procurando? Sim.
Mas, se não acontecer essa simultaneidade de emoções com a respectiva entrega expressa e exposta de forma cabal e induvidável traduzida nos olhos do meu pretenso escravo faço a opção de reiterar a minha procura… Sei que irei encontrá-lo!
Beijos, “X”eiros e “X”amegos
Rainha Victória Catharina
Minha querida amiga,
Agradeço-lhe pela postagem do meu texto… amei a apresentação.
Beijos
“Não quero brigar com o mundo,
mas se um dia isso acontecer,
quero ter forças suficientes para mostrar a ele
que o amor existe.”
Mário Quintana
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