Me culpo por minha vaidade.

Depois me desculpo.

Aprendi há muito tempo a não desacreditar jamais que talvez os sinos dobrem por mim.

A vaidade é a essência da Domme. Não. A vaidade se manifesta de várias formas. Não preciso vestir as melhores roupas, nem me cobrir de jóias.

Minha vaidade é de ser quem eu sou.

Gosto das coisas que escrevo, gosto dos eventos que promovo, gosto das sessões e das experiências com cada pessoa. Eu gosto de ser humano.

Só ter a capacidade de interagir já me comove e me enche de ternura por mim mesma.

E é essência de Domme. É essência. Aquele olhar de quem se garante vocês acha que vem de onde?

Eu tenho uma história linda de vida. Sem falsa modéstia, é um privilégio me servir.

Então eu odeio e amo minha vaidade. Mas muito mais amo do que odeio. E só odeio quando sou vítima dela. Quando acredito que promessas de vento só porque me acho o máximo.

Fico p… mesmo comigo mas depois penso que eu não estou errada em acreditar, eles é que estão errados perdidos até sobre de si mesmos sem nem saber o que buscam.

Fato: problema deles, não meu.
De toda a forma sempre fica sim uma dorzinha chata, um sentimento ruim que mesmo breve, incomoda. E vai dando preguiça de interagir, de conhecer novas pessoas.

Gente estranha tem em todo lugar por isso sigo vaidosa.
Senhora, Dona, Mistress, Rainha.

Pra quê eu quero escravo se não for para me admirar e nutrir minha vaidade? Pra quê serve um escravo que não me aceite inteira, com meus defeitos também, com minha ansiedade e todos os meus caprichos?

Vou com tudo. Tô nem aí.

Naaa…

Sigo vaidosa.