A parte que eu mais gosto em SM são os jogos psicológicos.
Eu já contei que estive muito só aqui durante muito tempo.
Éramos eu e o Roger e o mundo que víamos na janela do computador.
Eu quente, querendo conhecer, experimentar.
Me acostumei com os relacionamentos virtuais. No começo eu esperava um dia encontrar a pessoa e viver as coisas incríveis que planejávamos nas longas conversas que atravessavam a madrugada.
Mas ia percebendo que eram longas histórias, gente que queria só viver mesmo no mundo virtual, eu mesma me questionei em algum momento. Eram relações frouxas.
Porque nem eu esperava que elas mudassem algum dia. Mesmo na minha cabeça eram só fantasias que jamais se realizariam. Era mesmo uma perda de tempo.
Parei de aceitar esse tipo de relacionamento. Eu queria viver as fantasias, não apenas sonhá-las. BDSM é fantasia em movimento.
Então fui ficando mais seletiva. Criando minhas próprias regras, meus próprios prazos.
Dizia “ok, podemos conversar mas você tem prazo até dia tal para vir me conhecer”. Foi bom porque então passei a viver mais intensamente os dias que antecediam aquele esperado encontro.
Mas o foco continuava sendo “o-que-faremos-quando-nos-encontrarmos” e novamente me cansou. No fim não dava certo de se encontrar e eu ficava puta, acabava tudo e não fazíamos porra nenhuma de tudo o que pensamos.
Ficava ali o desejo sem ter pra onde escoar.
Cansei!!
Mas continuávamos isolados. Eu fazia sessões eventuais mas era complicado porque minha mãe morava comigo, e sempre detestei motéis.
Em alguns momentos cheguei a ter estrutura de dungeon mas sempre precária, com muitas limitações de espaço e tempo.
Em meio a todas essas andanças alguns submissos seguiam me obedecendo, mesmo já libertados. E no dia a dia dessas relações que ficaram, eu fui entendendo o que me dava tesão de verdade.
Controle. De castidade. De tudo.
E eu não precisava da presença física da pessoa para me excitar com essa prática.
Umas das primeira brincadeira que me lembro foi um submisso que havia alugado um apartamento exclusivamente para estudar para concurso. Era uma kitinete. Arrumamos a sala dele e ajustamos a cam, de forma que ele não podia sair da mesa de estudos sem pedir permissão. Nem para ir ao banheiro.
Eu o vigiava o tempo todo. Nossa, eu gostava muito daquilo. Não tinha aquele filme Terra dos Gigantes, que a menininha ficava olhando os humaninhos dentro de uma caixa. Lembro de um episódio a menina que coloca eles dentro de uma casinha de bonecas. E fica horas olhando como eles se comportavam.
De outra vez como um escravo havia aprontado e queria perdão, o obriguei a cortar o cabelo que era comprido e que ele morria de orgulho. Às vezes ficava perturbado sentindo falta do cabelo, mas sei que curtiu porque sempre que me encontrava por aí nas redes sociais dizia todo feliz: “eu sou aquele que a senhora mandou cortar o cabelo”
Depois eu fui ficando boa nisso. Daí tanto fazia se fosse haver o encontro ou não mas com encontro sempre ficava melhor ainda. Porque já vinha adestrado. Eu no comando.
Dai fui descobrindo outras formas de controle. E fui me encantando.
Um escravo queria que eu lhe controlasse a castidade.
Ficou no meu pé meses pedindo, que queria que fosse eu, que eu era a pessoa certa, que eu lhe desse uma chance.
No começo achei divertido usar o cinto mas com o tempo fui descobrindo que havia formas de “convencê-lo” a simplesmente esquecer o pênis. Fui gostando de ver o pênis sempre molinho.
Começaram os jogos!!
Fui encontrando as ferramentas, e eles foram permitindo.
Um ficou impotente para sempre.
Outro só consegue ficar de pau duro se eu mandar.
Outro só chega vez ou outra quase embriagado implorando pra eu assumir o controle novamente.
Cada vez mais homens querem ser castos.
E eles se entregam docemente.
Aprendem a ser recatados, ficam envergonhados quando não conseguem controlar a ereção, cada vez mais mansos e obediente.
Pense você despir um homem de sua masculinidade.
Você sentir que tem esse poder.
Ter em casa um homem que só vive pra ter servir.
E aí pelo mundo uns “mela-cueca”, uns brochas que você foi deixando pelo caminho.
Eu gosto.
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Eu também gosto e muito! 😉
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