casal

Estou preparando a cerimônia que lembrará os 18 anos de coleira do Roger.
Depois de revirar a internet, recorrer a amigos, decidi eu mesma criar um ritual para a cerimônia.

Primeiro porque quero falar da nossa jornada.
É comum as pessoas comentarem que tivemos muita sorte de encontrar um ao outro.
Eu sempre acho graça disso.

Sorte? Talvez um pouco sim foi preciso. Afinal, com tanta gente nesse mundo, né?
Mas a verdade é que construimos essa relação, pedra por pedra. Cada mão de tinta, cada cor nessas paredes.

Quando conheci roger eu havia acabado de me acidentar. Eu voltando pra vida e ele começando a viver.

No começo eram só as sessões, depois as longas conversas, depois a vontade de ficar mais tempo juntos. Roger me amou primeiro. Acho que depois do primeiro beijo, não me lembro. Sei que um dia eu disse na lata: você tá apaixonado por mim, né?

Achei graça daquilo. Ficou todo errado.

Eu saia de um casamento. Prometera a mim mesma que ficaria um tempo sozinha e , bem, a verdade é que não sonhei um garoto 20 anos mais novo que eu , vivendo ainda de mesada. Por certo não sonhei.  Mas ele foi ficando e quando dei por mim, já não viveria sem ele.  Foi preciso ceder muitas vezes, foi preciso muitas vezes voltar ao ínício. Perdoar e pedir perdão. Tantas vezes.

E ele segurou barras pesadas, de gente grande.

Mas sempre muito riso, muita alegria. Sempre gostamos muito de estar juntos. Sempre foi bom.

Nos rituais que encontrei colocam sempre a Rainha num pedestal como tendo moldado o escravo. Mentira: nós crescemos juntos, aprendemos juntos.

Enfim… Quem puder prestigiar. Eu acho que vai ser bem bonito. : )