Um beijo para essa pessoa que atendeu meu pedido de deixar um alô !!
Fiquei super feliz. Vocês não imaginam como uma blogueira carente pode ficar chata…

Também recebi uma crítica muito boa em relação a última postagem…
Um amigo comentou que eu começo muitos assuntos ao mesmo tempo,  e que ele gostaria que eu me aprofundasse.

Pensei muito sobre isso. Achei que a crítica foi válida e vou tentar me organizar. Então para entender melhor o raciocínio da Rainha, vou falar primeiro das minhas coisinhas, mazelas, choromelas, vaidades e só depois entro no tema do post.

De qualquer maneira, não esperem grandes textos reguladores ou teóricos. Nunca esqueço a sábia frase que ouvi muitos anos atrás de uma blogueira: “quem com teoria fere, com teoria será ferido” . E, por amor, não me cobrem coerência!!

Tema do Post de hoje:
“Mas eu me mordo de ciúme…”

Eu sou assim. Eu me mordo de ciúme.  Esse um dos motivos racionais que me fizeram optar pela Dominação Feminina. Nossa! Eu infernizava muito a vida do meu dono. Ele não podia conversar com ninguém que eu já fazia a maior cena. Aquilo nunca daria certo!

Então meus escravos aparentemente andam soltos. Eu os empresto sempre que minhas amigas ou outras Dominadoras pedem.  A única restrição é que eles sejam usados somente na minha presença. Sessões avulsas não existem (e acho até muito deselegante uma Dominadora me pedir isso).

Eu digo que os submissos são muito mais fortalecidos pelas relações BDSM. O ciúme é o que há de fraqueza em mim. Algumas vezes ele vem de insegurança, outras simplesmente de uma instabilidade emocional.  Mas quem disse que eu tenho que sempre estar segura?? Sou frágil, me cuidem!

Uma vez eu estava com o ciúme em um nível tão absurdo que chorei quando Roger começou a tirar suas roupas do nosso quarto… Detalhe: ele só ia mudá-las para um outro armário para que eu tivesse mais espaço. E eu sabia disso! Imagina que louca…

Roger acolhe e acha graça, acho que no fundo fica até vaidoso…  Sei que jamais perdeu a paciência e sempre se comportou com extrema lisura.  Por isso eu acho que o submisso tem mais oportunidade de crescer como pessoa porque ele precisa vencer o ciúme. E isso não acontece por decreto. É uma dor forte que precisa se transformar em prazer;. No nosso caso roger teve que processar que eu podia sentir quanto ciúme eu quisesse, que poderia controlá-lo (ou não) tanto quanto eu quisesse. Mas ele não!

Eu não aceito atravessar essa dor. Eu não vou crescer nesse sentido. Paciência.

Ele não pode controlar nada em mim. Claro que isso apenas dentro da nossa relação D/s. Nosso cotidiano é o de qualquer casal. conversamos, discutimos como organizar o orçamento, temos projetos juntos e fazemos os sacrifícios necessários para alcança-los.

Nossa relação foi evoluindo meio sem rumo. E roger era tão jovem que eu demorei muito tempo para assumi-lo. Não era obviamente uma idade ilegal, mas eu achava que ele não poderia ter tanta certeza sobre si mesmo. Mas ele não arredava. Um dia eu perguntei se ele estava me amando. Ele disse que sim.

Eu acolhi, cuidei e fomos fazendo nossas regras. A primeira vez foi muito difícil para ele. Estávamos eu, ele e um escravo pontual. Lembro claramente porque foi também a primeira vez que fiz um fisting.  Eu sentia o olhar do roger mas estava de costas para ele.  Ele ficava de frente com o escravo que eu estava “fistando” e bastou que os olhares se encontrassem uma vez, para que o escravo pedisse para parar. Não por causa do fisting mas por não suportar o olhar triste do roger.

Ele sempre soube que teria que superar e foi forte apesar da dor que a cena lhe causara. Depois conversamos muito. E com o tempo ele foi superando. Entendendo que ele é o cara mais querido do mundo e que estaremos sempre juntos.

Agora estamos esperando um novo submisso. Que ficará inicialmente alguns dias conosco, vivenciando um pouco de feminização, cárcere, e outras coisas que me dão imenso prazer. Roger não estava muito empolgada, mas agora já está curtindo. Precisamos de  uma boa DR. Mas não é ciúme, não! Ele venceu com louvor essa etapa, rs.

Ele falou sobre seus medos. Preocupava-se com a questão financeira que a nossa grana só dá pra gente, e obviamente que é impossível que outra pessoa queira viver às nossas custas. Combinei isso direitinho com o candidato.  Por outro lado , roger sempre soube que eu desejava um outro escravo perto e disponível, e sabe que terá que realmente tentar de coração aberto. Combinamos que ao fim do período de teste, ele dirá se o submisso fica ou não.

Posto que não é ciúme,  eu acho que devo respeitá-lo nessa questão porque gostamos muito da nossa paz…
Fizemos nosso ninho há muitos anos!

Bem, eu só acredito que a pessoa virá quando estiver na minha frente porque milhões já me disseram isso.  No fim porra de punheteiro virtual…

De qualquer forma, vou contando aqui a nossa história.

* * *

Pronto. Aprofundei até demais…
Mas gostei do formato.

Beijo Beijo