Conto: A história de Nina
Baseado em desejos reais

I.

perrosnuevaetapablogjulio2012 (2)

Foram meses de conversa.  Discutiram todas as regras. Ele bem que tentou ser mais detalhista, falar dos desejos, limites. Mas ela sempre sem paciência: “De novo você está me dizendo isso??”  Debochava…  “Que mimimi não gosta de calor, que mimimi não gosta de frio. E mimimi vai tomar no cú!  Se quiser vir, venha , se não quiser, foda-se!” Ele se calava.

No fundo também sabia que seria como ela quisesse. Que quando subisse naquele ônibus estaria deixando sua vida toda para trás e não seria mais uma pessoa, seria qualquer coisa que ela desejasse. Um abajur, um cú, uma cadela, uma língua ou um vibrador.  Talvez o bobo da corte, a empregada francesa, o  pano de chão…

De tudo isso sabia e não lhe ocorria nenhum suspiro de dignidade. Não lhe ocorria nenhum poema… Não haveria mais dignidade.

Agora estava ali.  Cansado e faminto recém chegado da longa viagem…

Queria dizer tanta coisa, falar das estradas que percorrera.

Mas o som não lhe saia.

Ela estava feliz. Falante e muito bem disposta.

Mandou que ele tirasse toda a roupa e lhe entregasse antes até de convidá-lo a entrar.

Ele lhe entregou seus documentos, mochila, roupas…

Como ela desejou. Completamente nu.  Passaria a existir apenas através dela.

Ela explicou que precisaria purificá-lo ainda antes de permitir  que entrasse em sua casa. Fez um gesto para que a acompanhasse pela entrada lateral e apontou uma jaula de  1 x 1 que ficava bem no meio da horta.  Ficou ali por alguns dias.

Jogava restos de comida pela  grade que ele comia desesperado. Raopidamente acostumou-se a se alegrar quando ela vinha soltá-lo para fazer coco. Andava alguns minutos pela horta, sempre de quatro,  até chegar em um local forrado por jornais. Ali ele deveria apoiar uma das patas no muro e fazer.  No primeiro dia sentiu-se constrangido e ela lhe explicou sobre que não teria privacidade alguma. Ou fizesse ali ou dentro da jaula quando ela não estivesse olhando.

Um dia ela pareceu tê-lo esquecido ali. Nem pela janela do escritório o olhou. A casa parecia estar toda fechada.  Como só estava comendo restos não conseguiu conter-se e defecou dentro da cela.

Muitas horas mais tarde ela chegou sorrindo e pela primeira vez quis saber o que ele estava sentindo. Falou com tanta ternura que ele disse que apenas sentia fome… Ela o acariciou e disse que havia lhe trazido algo especial.. Mostrou-lhe  o prato muito bonito. Arroz, carne, batata frita…

E então jogou no canto que ele havia escolhido para defecar. Jogou em cima das fezes e misturou com uma varinha. Ria… Como ela ria!

Ele chorou por um tempo depois começou a rir também. Havia enfiado a cabeça na merda. Não teve coragem de colocar nada na boca. Mas riu de si mesmo. Como era tão ridículo.

Ela o deixou novamente ali voltando horas depois.

Lavou-o com fortes  jatos de esguicho divertindo-se quando ele tentava proteger o pintinho. Depois permitiu que ele lavasse sua cela e o trancou novamente.

Foi uma noite de horrores. Com tanta fome.

Mas logo pela manhã ela o libertou. Ofereceu-lhe banho quente e um gostoso café da manhã.

Confessou que ficara com nojo de sua cara mesmo agora que havia tomado banho.

Deveria manter-se sempre pelo menos 2 metros longe dela.

Até que estivesse limpo o suficiente para se aproximar.

E seguiu lhe explicando as regras da casa. As suas regras.

E foi assim que começou a história da vida no cárcere.

II.

Acessório Via Libido

Naquela semana ele ainda estava dormindo na jaula por causa do que ela chamou de “a travessura da cara enfiada na merda”. Não apanhou por isso mas, doía-lhe mais a distância que deveria manter por causa do nojo que lhe provocava aquela lembrança.

Também por conta disso não iniciou treinamento para tarefas específicas. Pela manhã acompanhava a Dona nos afazeres domésticos. Trabalhava na horta, regava o jardim… Almoçava no quintal os restos do almoço e depois passava a tarde em um canto da sala de costura ou do escritório. Sempre virado para a parede para não incomodá-la com sua presença.

Era algo que haviam combinado. Ele poderia vir morar com ela desde que não perturbasse sob hipótese alguma o seu recolhimento. Há anos evitava o convívio social. Fazia-lhe companhia apenas a velha cadela, um peixe e os passáros que vinham cedo visitar a horta. Outros escravos a serviam pontualmente em tarefas programadas ou ficavam disponíveis a espera de um chamado.

Uma noite, quando ele já esperava ordem para se recolher, ela o chamou:

– Vamos começar o seu treinamento em dog play. Em dois meses haverá o Festival FemDom e eu pretendo inscrevê-lo na competição de Escravos Amestrados.

Mandou que se aproximasse de quatro. Colocou-lhe a coleira no pescoço e mostrou o espelho. Era linda! De cetim cor-de-rosa com pedrinhas de cristal. Na frente um grande laço e uma plaquinha onde se lia: Nina{RF}.

Depois mostrou um plug que tinha a base enfeitada com fitas cor de rosa que desciam imitando um rabinho.

Ele virou-se imediatamente para que ela colocasse.

– Não! Iniciaremos amanhã. Ensinarei a fazer a higiene diária e colocar.

Agora levante-se!

Ele levantou vagarosamente colocando as mãos sobre o pênis.

– O que foi que lhe disse sobre as ereções?

Ele corou…

Ela apenas mandou que se virasse para a parede. Escolheu um chicote  aleatoreamente e o surrou por quase uma hora.

Ao fim, colocou-lhe as joelheiras.

_ De agora em diante só ande de 4.

Na jaula prendeu suas mãos para trás para evitar que se masturbasse.

Ele acomodou-se cheio de dor e vergonha.

_ Sim! Eu nunca perdi esse concurso!

Esteja disposto amanhã!

Boa noite!

III.

Ele não conseguiu dormir. Apesar da cansaço e das dores da última surra estava excitado. Lembrava da coleirinha, o nome… “Nina… Nina… Como foi que ela escolheu esse nome… Tão bonito!  ” Ele queria gritar de felicidade.  ” E tinha o R e o F… ”

Apaixonara-se por ela já na adolescência. Conhecia todos os seus escritos, todos as imagens, tudo o que ela pensava. E agora passados tantos anos ele finalmente seria seu.

Mas em meio a alegria  lembrava a decepção que lhe causara. E seus sonhos se transformavam em seu maior pesadelo. Conseguiu se conter desde de que chegara. Mas a emoção que sentiu quando ela o tocou a primeira vez foi avassaladora. Não se conteve.

Não se importava com a surra. Morreria por ela. O que não suportava era decepcioná-la. Tinha medo que ela não o perdoasse e o mandasse embora.

Ele sabia que ela exigia controlar tudo, inclusive a ereção. Implorou para tomar remédios que impedissem  a ereção. Implorou pelo cinto de castidade. Mas ela não permitiu. Ela dizia que controlar a ereção era como controlar o pensamento. Ele já não tinha controle sobre nada. Ela o mandava urinar e ele ia. Mandava comer e ele comia. E andaria nu até o dia que ela lhe dissesse o que vestir. E de nada adiantava pois a decepcionara no que ela mais deseja.

Se ele tivesse coragem de lhe falar. Pela internet ainda conseguia mas agora mal conseguia levantar os olhos para ela. Queria dizer que durante todos esses meses em que estiveram conversando ele seguiu religiosamente todas as suas ordens. Ele conseguia só ter ereções quando ela desejava. Que nunca mais olhou para seu pênis como qualquer homem olharia. Que antes de encontrá-la orgulhava-se de seu pênis mas agora envergonhava-se sinceramente. Que conforme ela ordenara ele passou a sempre chamar o seu pênis de “o meu pintinho” porque ele estaria sempre pequeno e molinho como ela desejava.

E agora ali estava seu pintinho ainda ereto como uma rocha. Tentou se lembrar de tudo o que ela lhe ensinara sobre o pênis e o controle da ereção. Tentou pensar em coisas amenas mas um fogo lhe queimava a alma… Ela o proibira de ver imagens e filmes eróticos. Durante os últimos meses ela só permitia que ele visitasse sites de culinária ou artesanato. Tentou lembrar a receita do bolo de cenoura que ela gostava…

Quando adormeceu já era quase dia e acabou dormindo demais.

Deveria acordar sempre com os primeiros raios de sol. Limpava a sua jaula, regava as plantas e ia esperar na soleira da porta até que ela abrisse.

De novo tudo errado!

Ela o acordou aos pontapés: “Já começamos assim?? Temos um dia longo. Saia daí!”

Estava brava e ele apavorado. Não permitiu que comesse nada pela manhã. Geralmente jogava alguns biscoitos no chão e sempre colocava leite fresco em sua bacia. Naquela manhã nem migalhas…

Quando terminou o café ela o conduziu até o banheiro e colocou um líquido em seu anus. Ele leu 300 ml de alguma coisa. Mandou ficar sentado no vaso e uma hora depois ele começou a sentir cólicas e evacuou até só sair agua quase limpa. Ela terminou a limpeza no quintal com o esguicho.

Depois o prendeu de costas em uma peça que deixava as pernas abertas e o anus totalmente exposto. Calçou suas luvas e ele sentiu o frescor de algum tipo de lubrificante. Penetrou lentamente primeiro dois dedos… Sem pressa. Depois seguiu 3 , 4… Demorava em cada passo. A manhã inteira , entrou e saiu várias vezes até colocar o pulso. E aí vasculhou, virou do avesso. O braço inteiro.

E sussurrava. “Você pode ter uma ereção agora. Sempre que estiver com o cú arrombado dessa maneira.. Sempre que eu estiver assim dentro de você… Você pode….”

Ela adorava forçar machos orgulhosos a terem ereção quando estavam sendo arrombados daquela maneira. “Vamos, diga em voz alta quando pode ter uma ereção”

E ele entre gemidos… “Quando estou sendo arrombado…”

“O quê? Fale direito “

E mexia lá dentro…

“Só posso ter ereção quando minha Dona está dentro de mim”

“Muito bem! E por que?”

Entrava e saia.

“Porque a senhora acha divertido”

“Agora me diga para que serve o seu pintinho?”

Ele quase perdendo os sentidos…

“Para nada, senhora. Não serve para nada”

E ela mexia obrigando-o a se contorcer.

De repente ela parou e se afastou.

“Gozar não pode, meu bem!!”

Mas ele estava ejaculando.

Chorava e gozava, o pobre diabo…

O deixou ali sem dizer nada.

IV.

Ela o ouviu soluçar  por um longo tempo e depois ele pareceu ter se acalmado.Entrou em silêncio no quarto e o viu dormindo no mesmo local que o deixara. Com cuidado ajeitou seu corpo e acariciou seu cabelo.

Amava o amor que ele lhe dedicava. Amava nos olhos, o espanto. Amava  coragem e o medo.Era como um bloco de argila que ela podia mil vezes retocar, desmanchar, modelar. Era seu brinquedo, seu animal de estimação. Seu chão, o capacho.

Ficou ali muito tempo refletindo sobre se poderiam continuar e até onde poderiam ir. No fundo, porém, sabia que era impossível parar. A sádica e o masoquista. A dominadora e o submisso. Como par perfeito. Como amor perfeito. Para sempre.

-Nina.. Ei, Nina…

Ele abriu os olhos e uma última lágrima escorreu sem que ele se desse conta.

– Vá tomar um banho e vamos almoçar.

– Coloque o rabinho…

Ele estava ajoelhado a seus pés enquanto ela almoçava. Aguardava os restos que ela jogaria na tijela de ração.

– Senhora… Posso falar?

– Sim?

– Senhora… Quero ser castrado!

– Como??

– Quero ser castrado, Senhora! Não suporto a ideia de sempre decepcioná-la com essa porcaria de pintinho.

Ela explodiu numa gargalhada!!

– Venha cá.. Olhe bem para você! Ela o conduziu até o grande espelho da sala.

– O que tem ai na sua bunda? É um rabinho?? De quatro, com um rabinho enfiado no cú…

Você come restos de comida.

O que você é?

– Diga pra mim. Olhe bem para o espelho.

– Você é um homem?

– Não, senhora.

– O que você é?

– Eu não sei…

– Você é o que eu quiser que você seja. Não é isso que você é?

– Sim, senhora! É isso que eu sou.

– Posso fazer você comer merda se quiser, não posso?

– Sim, senhora.

_ Posso humilhar você na frente dos outros, não posso?

– Sim, Senhora.

– Posso bater em você quanto eu quiser, não posso?

– Sim, senhora.

– Posso mesmo castrá-lo se um dia eu quiser…

– Você não é nada, meu bem. Para que castrar se jamais vai usar esse pintinho novamente? Ou sonha talvez me penetrar?

– Não, senhora. Juro que jamais pensei nisso.

– Pensa em mulheres? Acha que pode ainda montar uma mulher. Você está todo arrombado. Acha que alguma mulher se deitará com você??

– Não, senhora. Eu não penso nisso.

– Eu só quero não decepcioná-la com a porcaria dessas ereções. Eu sei que a senhora não gosta.

Ela riu alto novamente.- Gosto de humilhar você com seu pintinho. É uma diversão à parte ver sua luta para não ter ereção.

– E você já está castrado, meu bem. Você não é mais um homem. Tem um pintinho pindurado ai…  Em pouco tempo vai bastar um gesto meu e você terá uma ereção ou não.

– Agora chega de falar sandices.- Vamos! Vamos treinar para o concurso!!

– Ah, uma coisa: NUNCA MAIS NA SUA VIDA me diga “EU QUERO”.

– Perdão, senhora!

– Agora vá buscar a bolinha!!

Jogou a bolinha longe e ele voltou trazendo na boca.

– Muito bem!!

– Abane o rabinho!

– Isso! Que linda a minha Nina!!

Aquela foi uma tarde tranquila.