Como falei, contei minha história na Biblioteca Humana, que pena que não podemos ficar lá eternamente na estante.
Eu ficaria de boa. Foi prazeroso. As pessoas ouviram com entusiasmo.

Foi um processo complicado pra mim mas depois que achei o tom, foi embora.
Porque, nossa, o que minha vida tem são histórias pra contar.

Uma coisa é certa: eu sempre mergulhei forte em tudo.
Assumindo todos os riscos.
Sempre soube que estaria sozinha com a responsabilidade sobre minhas decisões.

Na hora H são suas escolhas mesmo que vão pesar, pro bem ou pro mal.

Então eu podia falar sobre qualquer aspecto da minha vida na biblioteca humana.

Não havia nada inédito acho. Vou deixando rastros por onde ando.
Só ler esse blog tem a minha história na mão.

E eu amo compartilhar. É muito legal. As pessoas se identificam. Tem gente que me lê há mais de 10 anos. Deve ter quem não entenda mas a gente não precisa ser entendido por todo mundo.


Enfim, a Clarice Lispector falou uma vez que todas as histórias devem ser contadas.
Eu gosto da minha. Contei com alegria.
Mas pensei na vossa histórias. Nas histórias de quem me lê.

Penso por exemplo naqueles que não conseguem formar um lar BDSM.
Como eu formei e como tantas pessoas estão conseguindo.

Não é sobre sair do armário, sobre anunciar aos 4 ventos.
Não faço parte de nenhum movimento e nem acho que exista um.
Mas ter pelo menos um cumplice…

E já tem muita gente legal querendo formar par.
Você tem que buscar.
Tem que mergulhar como eu mergulhei.
Não há perigo.

Só precisa saber voltar à tona sempre que tiver vontade.