Primeiro agradecer quem continua vindo aqui, esperando meus textos.
Às vezes penso em fechar e.. Enfim, como se encerra um ciclo.
Penso sobre se seria o momento de não ter mais perspectivas dentro desse universo.
Esse seria um bom motivo pra não escrever mais.
Faz muito tempo que não faço uma sessão presencial, acho que mexe comigo.
As virtuais também estão mais esporádicas. Gosto de jogar a culpa no tempo mas sei muito bem que quando estou inspirada arranjo tempo. Poucos me inspiram. Estou com uns três escravos essencialmente virtuais. Uns que inspiram crueldade.
Preguiça de iniciar novos relacionamentos.
E o roger, claro.
Às vezes esqueço que o roger é submisso.
Está tão incutido em nosso relacionamento que eu esqueço que é um relacionamento D/s.
Dos submissos, ele é o melhor.
O mais valente que topou seguir comigo.
O melhor.
Outras vezes penso que estou começando hoje.
E que há tanta coisa ainda pra conhecer.
A parte mais legal do BDSM é que sempre pode surgir uma coisa muito incrível lá na frente.
Assim, para me inspirar resolvi escrever um glossário dos meus pensamentos BDSM, deixo por último esse legado.
Letra A, lembrei After Care.
Há poucos anos escutei essa expressão. Uns três ou quatro anos.
Fiquei bem impressionada por alguém precisar explicar sobre isso.
Eu chamava de Afeto. E não existe relacionamento BDSM sem afeto.
Não existe. Pra ser intenso, pra ser bom tem que ter afeto.
Afeto não precisa ser uma coisa imensa.
Afeto é o mesmo afeto que você demostra normalmente para as pessoas.
Pra mim sempre foi fácil. Afeto transborda de mim.
Afeto é gostar de seres humanos. Só isso.
Ora, se ao fim de uma sessão não sou capaz de perguntar se está tudo bem, se não sou capaz de abraçar, de fazer um carinho, cuidar de possíveis ferimentos… Então que tipo de pessoa eu sou? Será que tenho perfil para esse tipo de relacionamento? Veja que aqui o buraco é bem embaixo. Tem feridas do corpo e feridas da alma.
Você não precisa saber tudo sobre como tratar cada dor. Mas você tem que estar lá.
Deixar uma sensação de abandono pode ser parte de um jogo mas é um jogo muito delicado, que precisa ser muito conversado.
Muitas vezes o próprio submisso pede esse esquecimento. Precisa dele para completar sua viagem.
Acontece.
Como em qualquer outra prática, é preciso conversar. E colocar claramento que doses de abandono ambos suportam.
Muitas vezes quero eu ser abraçada, mimada, cuidada depois de uma sessão. Muitas vezes saltam conflitos de dentro de mim. Também me machuco. O afeto tem que ser nas duas mãos. Ou nada. Nada de relação sem afeto.
E pronto, se precisamos falar sobre isso, leia tudo o que puder sobre “after care” . Fique bom nisso.
Quando pensar numa sessão , pense o depois, reserve um tempo especial para aconchegar , tratar, conversar.
Quando eu e roger começamos a nos envolver mais seriamente eu me preocupei com meus modos libertinos.
Mas sempre dizia pra ele que eu voltaria sempre. Que tínhamos todo o tempo do mundo pra fazer tudo o que quisessemos.
Era um “cuidar antes”, rs. Ele ter sempre essa certeza no coração.
Então ele sempre falava sobre como se sentia. E a gente conversava um tempão.
Acomodava o coração dele.
Taí: A de AFTER CARE , A de AFETO.
Vou pensar no B…
Boca, beijo, buceta,bunda, bondage
Nossa, quanta coisa gostosa!