Escrevi tempos atrás para um escravo, sobre um pouco da nossa história…
Cartas
“Ontem acabei me tocando bem tarde da noite. Na minha cama. No meu quarto. Eu estava realmente muito estressada. Você sabe como às vezes eu fico ansiosa, né? Eu precisava disso. Eu precisava gozar. Pensei que todas as suas tentativas tivessem dado em nada. Fiquei pensando que você sempre será alguma coisa na minha vida: a mala de viagem, a escova de dentes, um vibrador, sei lá. Fiquei pensando que chegamos ao estagio em que é uma coisa. Comecei pela cena mais latente, a mais forte é aquela do teu rosto coberto de merda.
Chegamos ao absurdo naquele momento. Foi nosso clímax. Dali seria o declínio de tudo o que vivemos. Porque eu nunca mais te beijaria. Nunca mais deitaria a minha cabeça em cima do teu pênis mole como eu gostava de fazer.
A tua impotência foi um deleite pra mim. Eu precisa desconstruir você pra conseguir aceitá-lo como escravo. A imagem que eu tinha era de um homem competitivo, brilhante, que até admirava mas com quem jamais me deitaria.
É uma imagem conflitante na minha cabeça essa. Gosto de homens bem sucedidos, mas não gosto que sejam arrogantes. E você as vezes era muito arrogante. Eu não sabia o que você tinha visto em mim, porque vivia realmente “à meus pés”.
Eu decidi que você ficaria impotente pra mim. Que eu nunca mais queria ver seu pênis ereto.
Você foi permitindo. E eu fui te moldando. Eu amontoava jogos pelos cantos. Eu me entediava. Os jogos foram ficando cada vez mais fortes.
E você nunca virou a mesa.
Ontem vi que você quer apenas ser alguma coisa pra mim. qualquer coisa.
Ai a imagem de você no banheiro feito de papel higiênico ou de você chafurdando ao lado dos porcos atrás de alguma comida… Ou aquela mais singela, você fazendo a faxina. De salto alto. Rindo pra mim. Toda feliz.
Eu destrui você.
* * *
E eu gozei por causa disso.
* * *
Te procuro qualquer dia.
Esteja disponível.
Sempre.
Rainha Frágil”